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Vice-prefeito e 02 assessores são presos na operação “Voto de Cabresto” realizada pela PCMG, CORE, DEOESP e MPMG em Perdizes/MG.

Publicado em 21-10-2020 04:10

     A 7ª Delegacia de Polícia Civil de Perdizes-MG, chefiada pelo Delegado Regional, Dr. Vitor Hugo Heisler, coordenada pelo Delegado Dr. Rafael Pereira Silva Gallo, e o Ministério Público Eleitoral do Estado de Minas Gerais, coordenado pela Promotora de Justiça Dra. Bárbara Francine Prette Nunes, deflagraram na manhã de sexta-feira, 16 de outubro de 2020 a Operação “Voto de Cabresto”,  visando combater grupo criminoso responsável pela prática de inúmeros ilícitos eleitorais na cidade de Perdizes/MG. Durante as investigações, foi possível apurar que o referido grupo usava a máquina pública municipal para deturpar o processo eleitoral ao coagir e induzir outros servidores, em especial funcionários comissionados a votarem na candidatura do atual vice-prefeito de Perdizes-MG, Vinicius Barreto, ao cargo de prefeito.

 

     #Atualização: Na tarde de terça-feira, 20, o vice-prefeito, Vinícius Barreto e assessores, teve suas prisões temporárias revogadas por decisão em Habeas Corpus concedido pelo TRE.

 

   POLICIA CIVIL / INVESTIGAÇÕES 

     “Temos conversas em aparelhos telefônicos em que eles falavam, vamos ali, tem uma pessoa humilde, ali a gente dá uma telha, tem ela, tem o marido dela e filha dela, pelo menos uns 10 votos nos garantimos. O esquema desvendado é que o atual vice-prefeito, Vinicius Barreto, combinava e fazia as listas e colocava bairro, local, e um assessor dele ficava responsável por intermediar com o setor de compras da prefeitura, comunicava as casas de materiais de construção, e com isso eles iam lá e entregavam estes materiais. Não são acusações levianas, minha representação tem mais de 100 paginas preto no branco provando o esquema criminoso, inclusive com a abordagem de um veículo com dois servidores do município com um caderno contendo a lista de pessoas já abordadas. O grupo montou um esquema que praticamente seria impossível perder as eleições municipais em uma cidade de 15 mil habitantes. Este grupo político de Perdizes, eles tem uma influência econômica e um poderio que de certa forma menosprezam a atividade Polícial e da Justiça e sentem acima do bem e do mal, e não porque sou um Policial, mas ao ler as conversas eu fico imaginando como eles conseguem dormir à noite", destacou o Delegado Dr. Rafael Pereira responsável pelas investigações.

 

     MINISTÉRIO PÚBLICO / PROMOTORA ELEITORAL

     “Nós recebemos na sede do Ministério Público no ultimo dia 07 de outubro por pessoas que não quiseram ter a identidade revelada por motivos óbvios, informando que alguns assessores comissionados da prefeitura de Perdizes estariam indo atrás de outros funcionários comissionados, e realizando uma pressão, uma coação eleitoral, para que estes servidores prestassem um apoio politico a um candidato a prefeito, bem como adesivasse seus veículos. O material recebido pelo Ministério Público através da Polícia Civil são fortes, existem indícios sérios de autoria e materialidade, e que além de autoria do crime de coação eleitoral, o crime mais grave de corrupção eleitoral estava presente sendo praticado há muito tempo no município com a compra de votos e a entrega de materiais de construção para pessoas carentes do município. Os candidatos envolvidos nas investigações estão com seus registros deferidos, porém, esta operação implica na existência de crimes eleitorais, com reflexos nos ilícitos cíveis eleitorais com relação ao abuso de poder político, econômico, capacitação ilícita de sufrágio, onde uma das penas destes ilícitos pode ser a cassação do registro de candidatura, ou de eventual diplomação de um candidato eleito”, destacou a Promotora de Justiça Dra. Barbara Francine Prette.

 

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