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Homem acusado de estuprar e matar mulher em 2016 no bairro Fertiza, é condenado a 28 anos de prisão em Araxá.

Publicado em 23-11-2018 00:00

     Iniciou na manhã desta segunda-feira, 26, de novembro deste ano de 2018, a segunda semana de trabalhos do Tribunal do Júri em Araxá/MG. O Meritíssimo Juiz de Direito, Dr. Claudio Henrique Brasileiro, juntamente com o Promotor Dr. Fábio Valerá e o advogado de defesa, Dr. Walter Lucio, juntamente com o estagiário Guilherme Lima, o julgamento do réu F.G.M, de 38 anos de idade, acusado pelo crime de estupro e homicídio consumado duplamente qualificado, contra a vida da senhora Eliene Morais da Silva, com 58 anos de idade no dia do crime. 

     O crime ocorreu no dia 12 de março do no ano de 2016, em uma residência localizada na rua Rita Cassulina dos Anjos, no bairro Fertiza em Araxá/MG. Segundo consta na denúncia realizada proferida pelo Ministério Público na pessoa do Promotor Fabio Soares Valerá, o réu F.G.M na data citada adentrou na residência da vitima, estuprou a vitima e depois matou asfixiada, onde em seguida fugiu levando um radinho de pilha da vitima, que segundo o réu trocou por 03 pedras de crack em boca de fumo.

     O trabalho de defesa realizado pelo advogado Dr. Walter Lucio, apresentou ao corpo de jurados que exista falhas no inquérito policial realizado pela Policia Civil de Araxá, confrontou laudos periciais, certidão de óbito e as investigações que foram realizadas pelas equipes de investigadores da regional de Araxá, a qual o inquérito foi presidido pelo Delegado Dr. Conrado Costa da Silva, que juntamente com o investigador Rodrigo, foram arrolados como testemunhas julgamento.

     O advogado por varias vezes deixou claro que não concordou com o inquerito e o processo em seu todo. Também mostrou bastante insatisfação com os métodos que a Policia Civil de Araxá realizou para chegar à autoria que indiciou o réu F.G.M ao crime, não concordou com os laudos periciais de DNA colhidos de réu e vitima, e que foram analisados pelo instituto de criminalista em Belo Horizonte. Segundo depoimento do réu, e que foi sustentada o tempo todo pelo advogado, o mesmo declarou que foi torturado pela Policia Civil, e que assinou documentos mediante pressão psicológica e física.

     O Promotor Fabio Valera em sua fala apresentou oque estava no inquérito policial, como por exemplo, o material colhido nas partes intimas da vitima, e que comparado com o DNA do réu deram positivos, as demais provas que colocavam o réu F.G.M como autor do crime, como a sua própria confissão. O Promotor testificou e validou todo o trabalho feito pela Policia Civil de Araxá, mostrando aos jurados oque estava nos autos do processo. O Promotor demonstrou muito desconforto, em ter que rebater as criticas feitas pelo advogado Dr. Walter Lucio quanto ao trabalho realizado pela Policia Civil, disse que, já precisou indiciar policiais em Araxá, porém, em 15 anos de trabalho na cidade, sempre prestigiou o trabalho realizado pelo Delegado e investigadores que realizaram a elucidação deste crime em Araxá.

     Os trabalhos de debates entre defesa e acusação duraram 05 horas, logicamente divididos entre um hora e meia para cada um nas primeiras falas e depois um hora para cada em sua replicas e treplicas. Após este tempo o Meritíssimo Juiz de Direito Dr. Claudio Henrique Brasileiro, se reuniu em sala secreta com o corpo de jurados que decidiram pela condenação do réu, sendo em seguida a sentença lida ao réu e ao publico presente, a qual condenou o réu pelos crimes de homicídio duplamente qualificado com uma pena de 20 anos, e pelo crime de estupro com uma pena de 08 anos, totalizando uma pena de 28 anos de prisão em regime fechado. O réu poderá recorrer da sentença junto ao TJMG.

     Este é o quinto julgamento realizado desde o inicio do Tribunal do Júri em novembro deste ano, e em todos eles, os réus  foram condenados. Confiram as demais fotos na galeria abaixo.

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